segunda-feira, 12 de abril de 2010

Um dia de amor livre.

Sem que nada tivesse sido falado eu sabia que qualquer toque seria demais para ficar depois sem te tocar. No escuro, você tão perto assim de mim, a tua pele pedia pra que eu te tocasse, e porque a minha pedia o mesmo, o dorso da minha mão passou de leve pela tua que esperava qualquer sinal. Então começou o que eu queria: nossas mãos se tocando, se acariciando, se entrelaçando, refletindo vontades do corpo inteiro. E houve a hora em que as mãos não foram suficientes mais, nem duas, nem quatro, nem os braços, nem os olhos, nem. E os corpos inteiros,  se encontraram enfim.

Num ritmo que era só deles. Num momento mais-que-perfeito.

O coração, desde o início estava em paz, mas respondia a cada estímulo da pele como se ele próprio estivesse sendo tocado e dilacerado. Uma paz, uma euforia, quisera as drogas me fizessem sentir tão bem: é mais fácil tê-las do que a você. Meu corpo quente da sede  do teu, o calor dos teus toques que passavam do meu pescoço como ondas de arrepio e prazer para o corpo todo. Teus beijos descarregavam em mim uma energia latejante e calada que guiava nossos corpos por movimentos sinuosos e insanos.

Nossos corpos pulsando amor e calma.

E saciados, permaneceram juntos naquela mesma melodia, mas não pararam de se tocar nem quando a noite veio trazer para cada um sonos distintos, mas tranquilos, os dois. A luz do dia foi que trouxe o fim daquilo que para mim era apenas o começo.

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