quinta-feira, 1 de abril de 2010

Amar e conhecer o outro depois de si mesmo.

Nossa estabilidade é incerta
Pelo próprio motivo de haver
Certezas demais e seguro ser
Tudo que um só no outro espera.

Amor demais, dizem que mata.
Mata o eu que precisa existir
E o você que eu preciso ver
Forte em si mesmo não em mim.

Talvez seja preciso parar,
Tirar um tempo pra ser só,
Assumir riscos, ainda que a dor,
E ser o seu amor mais íntimo.

Então se deixe partir.
Vive um tempo em si, se conhece e ama.
Depois volta, depois mostra
Que encontrou sozinho sua paz.

E depois que volta, não pára.
Ainda se renova e nasce e eu faço o mesmo.
E se te vejo de um novo jeito
Os dias de antes não voltam mais.

E dá amor, que o amor cresce
No universo de nós três: eu, você, você e eu.
Que se um esquece, o outro lembra:
Ah, nós dois nos amamos tanto!
 

4 comentários:

  1. Me arriscando na poesia sem métrica nem rima.

    ResponderExcluir
  2. Amei. (não sei como postar e ficar um quadradinho com a minha foto...),
    Allyson

    ResponderExcluir
  3. Gostei bastante. Principalmente do final.

    ResponderExcluir
  4. Depois de ler e reler, digo: amei.

    ResponderExcluir