Minha concha anda abalada. Tem sido abalada diariamente por aqueles olhares, aqueles pensamentos, aqueles desejos, por você. Contra ela tenho lutado. Minha sede tem sido maior, quase insaciável: sede de vida. Meu mundo, que por vezes se comprimiu agora se dilata, expande, como se eu descobrisse novamente quem eu era, antes de ter estes seus limites ao meu redor impedindo que eu crescesse, pensasse, caminhasse por mim. Mesmo que a minha visão ainda esteja turva consigo enxergar além, de dentro, por aqui. Agora, para gozar de tudo que sinto ser e querer, estou pronta para sair e com você aprender a amar, a ser, a acreditar, a mudar, a fazer e a todos os outros verbos que deixam as nossas vidas tão completas.
"Sou o bicho humano que habita a concha ao lado da concha que você habita, e da qual te salvo, meu amor, apenas porque te estendo a minha mão." Caio F.
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