quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Análise humana.

Como eu posso melhorar esse vazio? Quadras curtas não vão ajudar esses quarteirões internos, sempre vazios à noite, desertos.  Não querem entrar, pedi imposto caro demais: se dar sempre é risco, que ninguém quer ter que correr. Risco maior de se envolver e se perder, então não saber voltar. Então não querer voltar. Se perde em mim, me acha. É um labirinto o que fiz aqui? Um caminho que ofusca os olhos com a luz do túnel, mas que não leva nunca ao fim. E se sua deriva me explora por todos os pontos, sinto que permeia entre mais que arranha-céus, que em vista panoramicamente elevada me vê a malha que confunde, que reprime, que exprime o que eu sou por dentro: organicamente anti-natural, naturalmente não-humana, perfeitamente anti-social - de grandes percursos, caminhos marcados e pontos de convergência únicos.

2 comentários:

  1. e tantos mapas serão necessários pra uma análise dessa...

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  2. Queria ver meu mapa de cheios & vazios, imagino por medo vê-lo quase muito mais de uma cor, e se assim fosse não o seria por ser repleto, a mancha uniforme evidenciaria a ausência.

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