domingo, 7 de março de 2010

Viagem de volta em agosto.

Sinto-me abandonada. A menina linda não está aqui, tenho medo de quando ela voltar a relação que começamos a construir tenha se perdido. Fiquei triste quando cheguei. Logo quando eu estava tendo prazer em estar aqui. Durante a viagem vim feliz, achando que voltaria para exatamente aquele mundo que deixei quando me fui. Mas para minha triste surpresa, parece que não é mais o lugar seguro e feliz em que eu me sentira tão bem. Ainda sinto que tenho meu espaço, por menor que seja, meu. Talvez um pouco de solidão seja o preço para se ter mais privacidade e silêncio e tempo só pra si mesmo. Me sinto só. Sei que talvez seja prematuro e exagerado pensar isso, mas acho que a ansiedade não me deixa parar. Senti aquele tédio que vem carregado de um depressivo espírito criativo e tentei usar para alguma coisa: desenhos. Se conseguisse fazer algo bonito, talvez me animasse. Mas nada me ajudou. Continuo até agora com um nó na garganta. Sei que não deveria me deixar afundar neste rio de desespero e medo, que me consomem. Medo de estar sozinha, e ter que esperar sempre por um dia no futuro, em que me sentirei completa e segura em todos os aspectos. Não quero pensar nisso. Quero descansar. Gostaria que ele estivesse aqui comigo. Amo-o muito. Ele é a única pessoa que, quando me sinto assim, tenho certeza: temos um ao outro e, às vezes, isso basta pra que ele me dê esperanças, me salve, me tire do rio.

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