segunda-feira, 19 de julho de 2010

Segredos.

O vento leva e traz meus cabelos e sei que é triste porque chora aos meus ouvidos. A luz antes brilhante me guiava, agora, opaca confunde. Me perdi em algum momento dos caminhos do Pai e tento me achar nos caminhos da Mãe. As raízes que deveriam prender-me são fracas, tudo o que aprendi até agora me é inútil. Me diz coisas tão tristes à medida que as minhas lágrimas descem lavando meu corpo, choro para fora, de dentro. Os poucos raios de Sol que furam as copas das árvores e chegam até meu rosto que continua imóvel, calmo e triste, não são suficientes para me iluminar agora. Uma hora é preciso sair de dentro de si e ver como é que se vive. Tudo muito devagar, meu corpo não responde mais tão bem. Sofri. Só a mente é rápida, pensamentos na velocidade do pulsar da terra debaixo dos meus pés. Fluxos energéticos como pregos furando minh'alma. Porquês infinitos na mente. Louca, insana, perdeu-se onde deveria se encontrar. Julgamentos eternos vou ter de passar, que o agora me faz querer a morte; e a morte tem dessas coisas.

Um comentário:

  1. Lindo! Me surpreendi com a Raama escritora.
    Muita sensibilidade, e um tanto de experiência fazem do seu texto algo muito gostoso de ler. Mesmo sendo triste... Até pq triste é saber q a tão pouco tempo é isso q vc, menina, estava sentindo.

    Bacana!
    Me lembra os poetas românticos q e eu tanto gosto tbm. Mas faz pouquinho tempo q conheci... hahahha :P

    ResponderExcluir