sábado, 26 de fevereiro de 2011

alem

Somos ainda um ser só unido de dois dos que somam três. A brisa passando indo vindo quando do ventre sai o meu pequeno que eu vou com amor fazer vingar. Se tu dizes que é verdade a vontade, eu ouço a minha própria voz, que é certa sem saber e diz sim à vida! à fome! à causa! Me nego a expelir o futuro fruto pelo lugar onde amor se fez. Se for problema é que não sabe-se mais andar pelas linhas do tempo não morto, pelos caminhos do mais puro gosto do sobreviver de pouco mais que a fome do corpo. Mais do que no lugar da escolha o saber me mostra o além, que o homem comum não pretende aos vinte. Do acaso pelo qual eu me guio e agora desvio me colocando no caminho não-reto certo, vejo nunca luz ao horizonte, por isto a infinita busca, para sempre a mesma angustia, caos que sacia e se amplia a cada dia, do nada saber e sempre procurar não respostas pra tudo, mas vontade do mundo, fome das coisas mais vivas que eu, do mistério criar o sentir, dar à vida-penumbra o meu menino, que a luz leva pelo caminho que de tão simples ver claro não se espera o profundo superar dos abismos do medo da fala e do peso da pausa.

Um comentário:

  1. meu terceiro amor
    que não sou eu e nem é ele
    morreu sangrante e saiu
    levando-me
    pequenas partes.

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