Hoje, parece, os planos que fiz despedaçaram-se durante o dia e arrastaram-se atrás de mim, que não olhei para trás. Meus olhos pesam tanto, mas a cama não é descanço, é angústia, porque de novo deitar e não querer dormir, que o sono é de decepção, o amor passa longe da porta da rua escura que todos desviam e ninguém entra. Sozinha de amor alheio, repleta de desejos e platonismos. Espero tanto pelas tuas palavras certas, pelo fim das desculpas pobres, pelos fins que, espero eu, tu também esperas. Querer teu entendimento enquanto vivo o prazer alheio, tantas cenas passando pela minha cabeça que só quer entender a conseqüência. Levanto, não posso mais. Ansiedade multiplica a espera (eterna) e desfaz a certeza da noite próxima, mostra que é crua, fria e feia. Difícil demais pedir perdão, tocar com palavras em coisas talvez já adormecidas, cenas apagadas, ciúmes inexistentes. Medo de encarar a morte do amor antes pleno. Se fosse a garantia de te ter de novo, se fosse a certeza. Não há meios de saber se o teu desejo encontra o meu. Que o medo da solidão é grande, mas da verdade ainda é pior. Queria teu toque uma vez mais. A certeza de mais um dia ou dois. Mas se eu tiver outra chance, talvez nem a eternidade baste.
Olá.
ResponderExcluirLindo fragmento. Desnecessário reafirmar o quanto gosto da sua escrita.
Expressão de um imaginário particular?
Ecos das movimentações sísmicas da plataforma sentimental?
Nunca saberei?...
Mas é fato que (não raramente) vejo meu estado de espírito interpretado por você.
Continue.
Beijos.
Conte comigo.
Tanto faz...
ResponderExcluirTriste...mas lindo seu texto, e os daqui de baixo também. Eu passo pelas mesmas angustias quase sempre.
ResponderExcluirBeijo
Oi Raama.
ResponderExcluirBonitamente triste.
ResponderExcluirGostei, gostei!
Abraço forte.