Então que tenha sido como um mar aberto tudo isso que tivemos. Lembro de um dia que eu tentava andar pela areia firme, porque sempre tive muito medo de afundar nas areias secas ou de afogar nas águas profundas. Tão grande o mar, se me batem ondas nos pés, sinto medo. Mas nesse dia, suas águas agitadas e verdes como os olhos me seduziram e não tive medo mais. Nadei como nunca antes fiz, mergulhei de cabeça, e senti que era muito melhor e mais quente do que eu esperava, mais revolto do que eu poderia imaginar, e muito, muito difícil de sair. E absolutamente bom. Depois também é bom, olhar pra trás e ver que me deixei sentir as ondas por todo o corpo, a respiração num ritmo novo e uma sensação in-crí-vel de liberdade. Foi bom sair, deitar na areia, descansar e olhar de novo, de fora, com um olhar de quem fez o que queria, enfim viveu. Talvez sinta saudades, mas vou embora, porque as coisas passam, passou, e isso também é bom. E digo que não me arrependo de nada do que senti. De longe, agora, parece descansar um mar tão calmo, e que descanse, porque ainda assim, não deixa de ser bonito.
Supremo.
ResponderExcluirE me amarrei nas cores.
Texugo disse...
ResponderExcluirSabe que lendo essas coisas,me recordei de um tempo em que lembranças e memórias me acorrentavam,e não me deixavam prosseguir e continuar a minha jornada. E acho que mesmo quando algumas coisas no futuro nos remetam ao passado,agente acaba vendo o fato em si sob outra perspectiva.(talvez por isso o não arrependimento!) Enfim , o importante é prosseguir sempre... Pelo menos é o que eu faço.