Tudo porque eu tenho medo demais daquilo que eu disse que eu queria pra mim: sentir. Mas quem pode ser só peito aberto e esquecer dos ventos que sopram aos ouvidos, freando emoções, silenciando gritos? E que pessoa, ao contrário, conseguiria dizer - Não. sozinha, por iniciativa própria? Que não quer viver isso, que prefere a normalidade limitada e prevista à emoção, à felicidade, à imprevisivilidade das noites sem futuro certo? Eu não poderia ser esse tipo de pessoa, nem nenhum tipo, nem que diz que não, nem que diz que sim, nem que não diz nada, mas te digo com os olhos que eu te quero, com a boca de palavras vazias eu te peço pra ir embora, ao mesmo tempo que com meus braços te apertando, tento te trazer pra perto - talvez pra dentro - de mim. E com minha mente obcecada pela realidade certa dos dias e todas as verdades do mundo, eu me percebo cada vez mais assim: tentando definir coisas, tentando fazer os pensamentos fazerem sentido, tentando fragmentar o que eu sinto. Juro que tento não pensar, me deixar levar, ser só das coisas efêmeras. E se não consigo, te digo: da próxima vez, tentarei melhor.
"eu me percebo cada vez mais assim: tentando definir coisas, tentando fazer os pensamentos fazerem sentido, tentando fragmentar o que eu sinto."
ResponderExcluireu tbm!!!
tsc
nhô.
ResponderExcluirPenso, que sempre foi assim...
ResponderExcluirAté o dia em que ouvi uma frase...
de autoria de um mestre:
"O infinito também é pra dentro"...
(Augusto Boal)